Queimadas e desmatamentos batendo recordes, falta de chuva e ausência de ação governamental colocaram o Brasil em um nova crise energética com risco de apagão.
Segundo especialistas do clima, o motivo da maior crise hídrica dos últimos 90 anos é o desequilíbrio ambiental (queimadas e desmatamentos), que intensificou o já natural período de seca e a escassez de chuvas no Brasil e, consequentemente, a diminuição brusca dos reservatórios de usinas hidrelétricas.
A cada nova crise, questiona-se, inegavelmente, por que o Brasil ainda é tão dependente deste tipo de energia, não investindo em outras fontes energéticas, como a eólica ou a solar.
Sendo assim, até agora o governo federal acionou usinas termelétricas, além de aumentar as tarifas da conta de energia elétrica em todo país. Os governos estaduais ordenaram medidas de racionamento e rodízio de consumo.
No entanto, as medidas são pouco efetivas para conter a crise, e o risco de apagão como o ocorrido em 2001 é iminente.
Uma crise energética é um problema de conjuntura, isto é, causado por uma combinação de fatores e não apenas fatos isolados.
Esses fatores podem ser de ordem natural ou estrutural e, assim, afetam a produção de energia elétrica em determinado local que, por consequência, não consegue abastecer a demanda de forma padrão, pois o sistema energético está sobrecarregado e com baixa potência.
Em uma crise energética é comum o racionamento, os apagões, o aumento das contas de energia e uma reverberação em toda a cadeia de produção de bens de consumo.
O Brasil ainda depende majoritariamente de usinas hidrelétricas para gerar energia e abastecer o país. No entanto, a conjuntura atual se configura a partir da pior crise hídrica vivida pelo país nos últimos 90 anos, marcada pela escassez de chuvas e consequente desabastecimento dos reservatórios de água, assim como a crise ambiental que intensifica o período da seca no país.
De acordo com dados do Operador Nacional do Sistema (ONS), os reservatórios que abastecem as usinas hidrelétricas das Regiões Sudeste e Centro-Oeste estavam trabalhando, no início de setembro de 2021, com 20,66% de sua capacidade.
Já na região Sul, os dados apontam que a capacidade de trabalho estava em 26,47%, enquanto que na Região Nordeste estava em 48,53% e na Região Norte o percentual estava em 69,44%; apenas a Região Norte opera acima da capacidade ideal, que é de 60%.
É sabido que o Brasil possui períodos naturais de secas e chuvas, no entanto, a severa crise ambiental tem intensificado os processos da conjuntura atual.
A degradação dos biomas tem permanecido constante com queimadas e desmatamentos que batem recordes históricos, prejudicando a transferência de umidade das florestas para as regiões do Brasil, sobretudo vindas da Amazônia, e circulação natural de água na atmosfera.
As mudanças climáticas globais também contribuem, já que já são uma realidade. Há, também, a ocorrência do fenômeno climático La Ninã, que é responsável por diminuir o índice pluviométrico nas Regiões Sudeste e Sul.
É certo que o Brasil diversificou sua matriz energética desde o inesquecível apagão de 2001, além de ampliar as linhas de transmissão, mas alguns problemas de ação governamental ainda persistem e contribuem para a crise energética de 2021, como a falta de ação rápida e planejamento.
O horário de verão foi cancelado em 2019 e isso aumenta a sobrecarga na demanda por energia elétrica no horário de pico, ao qual ele se propõe atenuar, que é das 18h às 21h, uma vez que o período estendia o aproveitamento da luminosidade do dia, adiantando o relógio em 1 hora.
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