ALIMENTAÇÃO E VESTIBULAR: porque refeições saudáveis fazem a diferença para o seu desempenho diário!

É que eu tô na correria!

Nosso corpo é composto por sistemas complexos e colônias de organismos vivos que trabalham constantemente para que estejamos sempre saudáveis. Contudo, ao longo dos últimos anos, nós mesmos estamos dificultando essa tarefa, que já é árdua por si só, sobretudo por conta da má alimentação, que prejudica diretamente nossa concentração, memória e boa resposta física às adversidades de uma vida corrida. Se por um lado o século passado, marcado por grandes guerras e um avanço tecnológico inédito, consagrou a ideia de que somos máquinas incríveis, por outro, as primeiras duas décadas deste novo tempo vêm nos mostrando que não, não somos máquinas, somos seres humanos (por incrível que pareça, rs), visto que assuntos como alimentação saudável e saúde mental vêm ganhando relevância e ocupando novos espaços, trazendo luz ao ponto de que todos precisamos ter atenção a estes vértices da cotidiano e abolir a rotina mecanizada de almoçar coxinha e refrigerante à beira de um colapso nervoso.

Humanos, passíveis de respostas físicas como o estresse e a ansiedade, sobretudo durante a metamorfose do século 20, fomos induzidos a normalizar estes sinais que o corpo envia, nos indicando que tem algo acontecendo, seja por alguma atividade do dia ou pelo estilo de vida. O nosso combustível, o alimento, que é inato à evolução da espécie e, claro, ao funcionamento saudável de diversas funções orgânicas, também sofreu transformações gigantescas e o avanço industrial-tecnológico nos acostumou com produtos industrializados, decorrentes de processos químicos e contendo elementos desconhecidos pelo corpo humano, e que podem agravar alguns processos sem que a gente perceba (estresse e ansiedade, por exemplo). Seja pela ausência de nutrientes importantíssimos para bom funcionamento dos órgãos e sistemas como um todo, ou pelo enfraquecimento destes, pela ausência de nutrientes e excesso de calorias, ao exigir que o corpo utilize suas próprias vitaminas e minerais para metabolizar a digestão dessas químicas que, sem densidade nutricional, não conseguem fazer-se digerir sozinhas. Com isso, nutrientes que poderiam servir de combustível para concentração e memória, ou para que o corpo inibisse o estresse e a ansiedade, são entregues de bandeja para metabolização de produtos comestíveis industrializados, quando poderiam estar sendo usados pelo nosso corpo para fortalecer nossas atividades cerebrais. Ou, pior, os ingredientes químicos é que podem estar agravante tais processos. Isso, entre outras coisas, afeta diretamente o nosso desempenho de estudos.

Mas o seu corpo é vivo!

Já sei, você deve estar pensado, ou no mínimo se questionando, sobre o fato de que dizem ser ótimo comer uma barra de chocolate durante uma tarde de estudos, inclusive no dia do vestibular, para te dar energia, não é mesmo? Não. Isso só vai te dar um pico de glicose no sangue e depois uma sonolência na mesma proporção, em alguns casos, ainda, uma bela dor de cabeça, já que o seu corpo terá que desprender-se de nutrientes para a digestão, porque o próprio chocolate não os possui. Bem diferente se você comesse algo integral, com uma fruta, por exemplo, que é completa. Acredite! O seu corpo é vivo, composto por organismos com vida, suas células, que trabalham agora enquanto você lê e precisam de nutrientes de verdade, assim como você, ao invés de calorias vazias em forma de açúcar ou sal e que acompanham ingredientes químicos que, muitas vezes, você nem imagina o que são.

Isso porque está tudo sob a coordenação da nossa “máquina incrível”, chamada cérebro, que é um órgão como todos os outros do corpo humano (sim! rs), e que precisa de cuidados para um bom funcionamento. Se você não costuma pensar muito sobre a qualidade nutritiva de sua alimentação diária, este pode ser um primeiro ótimo motivo para buscar refeições mais saudáveis, já que, se normalmente, nosso cérebro consome cerca de 20% de nossas calorias diárias, em um ano de vestibular nem precisamos falar que esse consumo aumenta, né? Leia-se aqui boas calorias, porque calorias de verdade precisam vir acompanhadas de nutrientes, sempre.

E o vestibular com isso?

Sabemos que um ano de provas é extremamente estressante, em todos os sentidos. Uma jornada que se transforma em uma montanha russa, não só de sentimentos, mas também de emoções. É neste momento em que entra a complexidade de se manter um hábito alimentar saudável, pois os alimentos fortalecem o processo de memorização e concentração, além de possuírem atuação direta na liberação ou inibição de hormônios associados ao estresse e à ansiedade, controlando e regulando processos fisiológicos que desencadeiam essas respostas físicas emocionais, que muitas vezes nos atrapalham muito.

Não devemos normalizar estresse e ansiedade porque não somos máquinas. Eles podem sim fazer parte do dia vez o outra, já que somos humanos, mas não podem ser tidos como parte da sua rotina, assim como a fome ou a insônia também não. Sempre que questões como essas aparecem, procuramos por alguma forma de cuidado, seja mudando a rotina ou buscando ajuda profissional. Uma das boas formas de se manter livre do estresse e ansiedade e, por consequência, otimizar próprio desempenho diário na rotina de estudos, é com uma boa alimentação, oferecendo vitaminas e mineiras para o corpo, que nutrido, poderá desenvolver uma boa resposta a estes problemas quando eles aparecerem, talvez de uma maneira tão plena que você nem perceba que eles podem ter dado bandeira de que queriam aparecer. Como quando, por exemplo, você vai estudar algum assunto ou matéria que não gosta tanto e já fica com ansiedade só de pensar nisso e, depois, se estressa por não conseguir desenvolver o que gostaria. Um corpo saudável é lar de um cérebro saudável que vai te oferecer, de forma bioquímica, a confiança e calma necessárias para seguir em frente nessas horas. Por isso, mantenha constante uma rotina alimentar saudável.

Uma alimentação saudável vai te ajudar a se concentrar e memorizar os conteúdos, além de melhorar sua disposição e sono. Sabemos que para quem não construiu este hábito ainda não vai ser uma tarefa tão simples (não dizemos difícil), mas tente um pouquinho por vez, faça suas próprias pesquisas e comece pelos alimentos que você já gosta do sabor ou tem uma afinidade maior. Aumente seu consumo de água e busque um hábito alimentar realmente nutritivo e você perceberá como seu desempenho diário ficará mais fluído. Faça dos alimentos parte da sua estratégia para a faculdade dos sonhos, eles são sim o seu combustível. Você é o que você come: isso não é conselho, é ciência!

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