Bioma Mata Atlântica: características, clima, solo, vegetação, fauna e mais!
Publicado em 18/01/2021 às 15:01, escrito por Talita, Redação Aulática | Tempo de leitura: 15 minutos
Bioma Mata Atlântica: muitos não fazem ideia da importância dela para a existência de diversos ecossistemas e da quantidade de vida que habita esse enorme domínio.
Primeiramente, o nome do bioma vem pela proximidade ao Oceano Atlântico, que banha toda a costa brasileira.
Depois de séculos de exploração e desmatamento, a Mata Atlântica ocupa apenas cerca de 15% do território brasileiro, só restando 12% na vegetação original.
Atualmente, o bioma Mata Atlântica se estende por toda faixa litorânea que vai do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, expandindo-se da costa para o interior, passando pela Bacia do rio Paraná, indo ao leste do Paraguai e chegando à Província de Misiones, na Argentina.
No Brasil ainda é presente em 17 estados brasileiros e cerca de 3000 municípios.
A Mata Atlântica está na lista dos biomas mais ameaçados de extinção no mundo, tornando-se um bioma hotspot, ou seja, um bioma com alta biodiversidade, com muitas espécies endêmicas de diversos reinos biológicos, mas que está sob ameaça devido a um processo acelerado de degradação.
O clima da Mata Atlântica é muito diverso, justamente por ela estar presente em toda a costa brasileira, havendo assim, variações de acordo com a localidade geográfica.
Pela ampla expansão geográfica é que se pode ver tanta biodiversidade. Muitos autores defendem que a Mata Atlântica é um conjunto de biomas, sendo chamada de Domínio Atlântico.
Clima Tropical: quente e úmido.
Índice pluviométrico: média de 2.500 mm ao ano.
Temperatura média: 22 °C.
Embora a composição do solo da Mata Atlântica seja amplamente variada, no geral, o solo é úmido e raso.
O solo atlântico não é fértil por natureza, mas é muito nutritivo por ser rico em húmus, por conta da decomposição da alta quantidade de serapilheira pela vasta presença e biodiversidade de fungos e bactérias.
O processo de formação do húmus é rápido, já que existe muita matéria para ser decomposta, e também de agentes decompositores, além da alta temperatura e presença de muita água, que juntos, aceleram as reações químicas.
Uma curiosidade do solo é que, através dos microtúneis cavados pelas minhocas e formigas, o húmus consegue penetrar a terra e ser absorvido pelas plantas.
A abundância de chuvas e as temperaturas quentes são, portanto, as maiores responsáveis pela alta biodiversidade vegetal da Mata Atlântica.
Embora a Mata Atlântica seja formada por florestas de vários tipos, a principal é a floresta ombrófila densa.
A grande quantidade de nuvens formadas no oceano Atlântico é trazida para o continente pelos ventos.
O relevo da Mata Atlântica, composto por serras e morros, em grande maioria, sobretudo pelos Mares de Morros, impede a passagem dessas nuvens, que “aprisionadas”, concentram as chuvas na Mata Atlântica.
Também conhecida como floresta pluvial, a floresta ombrófila densa desenvolveu-se em regiões com abundância de água, por isso o termo ombrófila, e densa pela alta quantidade de biomassa, formando a famosa “mata fechada”.
A floresta é perene, ou seja, mantém as folhas o ano todo. Devido à alta quantidade de água doce disponível, as plantas não precisam perder a folhagem para economizar energia porque a umidade não permite longos períodos de seca.
Vivem sobre outras plantas, sem parasitá-las. São muito comuns na Mata Atlântica, como por exemplo, as bromélias, samambaias e orquídeas.
Plantas de grande porte, as árvores que formam o dossel. Esse estrato ou ”camada” funciona, sobretudo, como o teto da floresta, são as plantas que mais recebem luz do sol. Algumas das espécies mais famosas são, por exemplo, os ipês, jacarandá e a canela.
Composto por plantas com, no máximo, 10 metros de altura. Estão abaixo do extrato arbóreo e evoluíram para fazer fotossíntese em ambientes com um pouco menos de luz. Como exemplos mais conhecidos estão a palmeira juçara e o samambaiaçu.
São as menores plantas da floresta, não possuem caule lenhoso. A maioria dos vegetais são latifoliados, ou seja, possuem folhas largas para conseguir absorver mais luz solar e fazer fotossíntese.
As bromélias, com certeza, têm uma importância vital para o bioma, devido à capacidade de armazenamento de água, que usada por insetos, anfíbios e pequenas aves. No Brasil, por exemplo, há 2.500 espécies, das quais cerca de 74% só existem na Mata Atlântica.
As plantas da Mata Atlântica, sobretudo da Floresta Ombrófila Densa, possuem uma adaptação evolutiva para sobreviver em locais com alta umidade.
Como resultado, seus estômatos são mantidos abertos o dia todo para eliminação de água por transpiração.
Mas, além de manter estômatos abertos, há outro mecanismo de eliminação de excesso hídrico: os hidatódios são as glândulas responsáveis, através do processo de gutação.
Além de muitos animais invertebrados, sobretudo minhocas, mosquitos e insetos em geral, devido à presença de uma floresta densa, há também muitos animais parasitas e polinizadores.
Inegavelmente, grande presença de água implica em biodiversidade de anfíbios. Há 380 espécies catalogadas e 90 delas são endêmicas. Estes animais passam por impactos ambientais constantes.
São conhecidas cerca de 270 espécies de peixes de água doce na Mata Atlântica, mas esse número pode ser ainda maior, pois muitas espécies ainda não foram descobertas ou descritas pela ciência.
É provável que hoje conhecemos cerca de 150 espécies. Há muitos jacarés e cobras de diversas espécies, por exemplo.
Os símbolos mais marcantes são o jacaré-do-papo-amarelo, a jararaca e a surucucu-pico-de-jaca, a maior serpente peçonhenta da América Latina.
Existem mais de 1000 espécies de aves na Mata Atlântica, cerca de 200 endêmicas, dá para acreditar?
A saber, as espécies de aves do bioma Mata Atlântica se alimentam das frutas, dos insetos e até dos peixes.
Alguns símbolos do bioma são, por exemplo, araçari-banana, saíra-sete-cores, tangará dançarino, diversos tipos de surucuá e de ariramba.
Os mamíferos que habitam o bioma são, em grande maioria, herbívoros.
Em síntese, são cerca de 300 espécies conhecidas e 50 delas são endêmicas.
Há uma grande quantidade de morcegos, roedores e macacos. Alguns símbolos do bioma são, por exemplo, a suçuarana, conhecida como onça-parda ou puma, o mico-leão-dourado, esquilo caxinguelê, a paca e o muriqui, maior macaco da América.
A Mata Atlântica é um conjunto de formações florestais, portanto, possui um papel importante na manutenção dos recursos hídricos disponíveis dos principais estados brasileiros, com influência direta em sete das nove maiores bacias hidrográficas do Brasil.
A importância também é econômica, já que 110 milhões de pessoas vivem em regiões da mata, o que também contribui para a devastação que vem ocorrendo desde a colonização, pois mais de 85% da Mata Atlântica original não existe mais.
Por isso, criou-se 860 Unidades de Conservação (áreas de preservação previstas em Lei), a maior delas com 315 mil hectares é o Parque Estadual da Serra do Mar, ainda assim, a Mata Atlântica sofre a pressão da urbanização e de práticas ilegais de desmatamento por diversos motivos.
Porque aprender muda tudo! O Aulática Educação oferece a melhor experiência de ensino pré-vestibular 100% online para todo Brasil.
Entre para as turmas de maio e estude o ano inteiro pagando menos de R$2,00 por dia!
Saiba MaisOs comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do Aulática.
Entre para as turmas de abril e estude o ano inteiro pagando menos de R$2,00 por dia!
![[URGENTE] Ministério da educação divulga novas datas do ENEM 2020](https://www.aulatica.com.br/wp-content/uploads/2020/07/enem-adiado-150x100.jpg "[URGENTE] Ministério da educação divulga novas datas do ENEM 2020")
