O Ecossistema Restinga está associado ao bioma da Mata Atlântica, sendo importantíssimo para todo litoral brasileiro.
Assim, chamamos de Restinga as diferentes formas de vegetação estabelecidas sobre solos arenosos que ocorrem por todo litoral brasileiro, sempre em áreas planas e que ficam muito próximas ao mar.
A Restinga é um ecossistema ecótono, ou seja, é uma região de transição de biomas.
Portanto, as Restingas fazem divisão com os manguezais e com partes da Mata Atlântica.
Tropical: úmido e quente.
Temperatura média: 20 °C.
Índice Pluviométrico: média de 1700-2000 mm ao ano.
Vale lembrar que a Restinga está presente em diversas partes do litoral brasileiro, possuindo, portanto, variações de clima.
O solo da Restinga é totalmente arenoso e não retém água da chuva, além de ter ausência de nutrientes e agentes decompositores, pela alta salinidade concentrada.
Portanto, as plantas que se desenvolvem por lá precisam de mecanismos de sobrevivência complexos.
Embora o solo não seja naturalmente fértil, a vegetação da Restinga é potente e desenvolvida para sobreviver sobretudo em regiões inóspitas, devido à fatores abióticos.
Alguns dos fatores abióticos mais significativos são: a alta salinidade e a maresia, os ventos fortes, a falta de nutrientes no solo e escassez de água doce.
Isso explica, por exemplo, porque em condições de clima iguais as vegetações da Restinga de a Mata Atlântica são tão diferentes.
Esse tipo de vegetação é o que fica mais próximo das praias, em geral são plantas rasteiras, por exemplo.
Elas, além de possuírem mecanismos de eliminação do excesso de sal, também controlam processos de osmose para que a água da chuva vá de encontro direto às raízes de forma rápida.
As plantas herbáceas são plantas que possuem o caule flexível e são espécies fisicamente mais frágeis, se comparada com outras.
Além de sua anatomia rasteira com apresentação de flores ou apenas folhagens, podendo chegar a, no máximo, 2 metros de altura, dependendo de onde se localiza.
Dessa maneira, as plantas herbáceas possuem um ciclo de vida curto.
Pequenos arbustos podem ser encontrados, certamente, pouco mais de 400 metros afastados do mar.
Com menor influência de salinidade, já há presença de serapilheira, ou seja, matéria orgânica para decomposição, que deixará o solo nutrido.
Todavia, também há pequenas depressões no relevo que são capazes de acumular água da chuva e auxiliar no desenvolvimento das plantas.
A maioria dos vegetais da Restinga arbustiva possuem folhas coriáceas, que nada mais é do que um mecanismo evolutivo para proteção contra desidratação. Elas são envoltas de uma cera protetora e guardam água em seu interior.
Essa é a parte mais densa da vegetação, onde as plantas puderam se desenvolver em volume e tamanho, devido à maior quantidade de água doce disponível.
Sobretudo pelo solo, que também é mais nutrido, em virtude da maior quantidade de serapilheira para ser decomposta, assim como agentes decompositores em maior número, como fungos e bactérias.
A água das chuvas dilui a salinidade, que não se concentra, sendo possível o desenvolvimento de florestas.
A vegetação do ecossistema Restinga conta com a fotossíntese CAM, que é uma adaptação para ambientes com pouca presença de água doce e muita exposição solar.
Na Restinga, as plantas possuem este mecanismo evolutivo: abrem seus estômatos à noite para evitar perda de água, capturam e aprisionam CO2 e, durante o dia, finalizam o processo de fotossíntese com a luz do sol.
Os animais mais famosos do ecossistema Restinga são os caranguejos, os sabiás, as aves pescadoras, corujas e pererecas, além de muitos insetos, sobretudo os endófagos, que são aqueles que se desenvolvem dentro dos frutos para abastecer-se de água.
As principais ameaças à conservação das Restingas são a expansão urbana, que promovem o desmatamento, impulsionada pela especulação imobiliária nas áreas litorâneas.
Há, também, o turismo predatório, a poluição pelo descarte de lixo e até mesmo de efluentes (resíduos residenciais ou mesmo industriais), a caça de animais silvestres, além da falta de planejamento para uso das áreas das Restingas, assim como a falta de educação ambiental sobre a importância do ecossistema
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